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Já sabemos que o jurídico da empresa precisa ser valorizado e que uma correta gestão desse setor precisa estar incluída em qualquer planejamento estratégico empresarial.

Nesse âmbito, podemos inserir a adoção de uma política de acordos judiciais por parte da empresa. E, essa política precisa ser bem gerida pelo setor jurídico, atuando com os demais departamentos também.

O impacto é significativo nas finanças da empresa. A má gestão do jurídico e da política de acordos judiciais pode causar um déficit muito grande no orçamento, com possibilidade de prejudicar bastante o negócio.

Por isso, hoje vamos falar sobre a gestão da política de acordos judiciais e de seu impacto nas finanças empresariais.

O que é a política de acordos judiciais?

Já começamos esclarecendo o que vem a ser a política de acordos judiciais. Essa nada mais é do que uma política, adotada pela empresa, para evitar aqueles longos e custosos processos judiciais, facilitando a resolução consensual dos conflitos.

É normal que uma empresa, através de sua própria atividade, esteja sujeita a demandas, que podem chegar a ser processos judiciais. Isso diz respeito às questões trabalhistas e até mesmo a possíveis demandas de consumidores, por exemplo.

Então, uma política de acordos judiciais é pensada para facilitar a resolução amigável destes conflitos, o que é até estimulado pela própria Justiça.

Com a saturação do Judiciário, os próprios juízes facilitam a conciliação entre as partes, o que acaba sendo bom para todos. Você já deve ter ouvido falar que um mau acordo é melhor que uma boa briga, não é verdade?

O papel importante do jurídico da empresa

Já foi tempo em que o jurídico de uma empresa não costumava ser muito valorizado. Era normal que uma empresa contratasse grandes escritórios para resolver questões jurídicas de maior relevância, acabando por gastar boa parte do orçamento quando os problemas e os processos judiciais surgiam.

Mas, hoje se reconhece cada vez mais como o setor jurídico é de fundamental importância, com impacto direto nas próprias finanças da empresa. Um dos aspectos é, justamente, é o da boa gestão da política de acordos judicias que deve ser adotada.

O jurídico em boa sintonia com os outros departamentos e bem integrado à essência da própria empresa consegue evitar a judicialização de muitos conflitos.

Mas, quando os processos vêm, saber gerir o caso é fundamental, evitando que se transforme em uma ação cara e demorada, que estaria drenando recursos por muito tempo. Isso sem falar no risco de que o processo culmine com um valor altíssimo a ser arcado pela empresa.

Como essa política afeta as finanças?

Uma boa política de acordos pode evitar gastos excessivos e desnecessários, que poderiam ser extremamente prejudiciais, e até fatais, para o orçamento da empresa.

Claro que o valor a ser oferecido num acordo deve ser bem estudado, porque apenas compensará se for menor que o de uma possível condenação.

Aí está a importância de um jurídico que se mantenha atualizado e que também use as ferramentas tecnológicas já existentes para acompanhar a jurisprudência, catalogar processos e complicar informação. Uma análise bem atualizada do caso vai ser sempre importante.

Tampouco devemos nos esquecer de como um processo judicial pode afetar a imagem corporativa, sobretudo quando termina em condenação para a empresa. Por isso, um acordo pode evitar esse dano à imagem empresarial, que está diretamente atrelado ao sucesso no mercado.

Portanto, uma boa política de acordo pode afetar bastante as finanças, de forma positiva. Da mesma forma, quando não se sabe executar esse tipo de política, os gastos podem ser bem maiores do que deveriam.

Como melhorar a gestão da política de acordos judiciais

Em primeiro lugar, deve haver uma grande sintonia entre todos os setores empresariais. E, claro, o jurídico precisa ser composto por bons profissionais e que possam usar boas ferramentas de trabalho.

Imagine só ficar manualmente compilando todas as informações sobre processos similares e sobre inovações legislativas, para produzir um relatório. Devemos lembrar que já existem softwares que fazem esse trabalho de forma rápida e eficiente, facilitando muito a análise dos profissionais.

Além disso, é claro que a política de acordos judiciais deve fazer parte do próprio planejamento estratégico empresarial. Assim, é preciso dar a devida atenção aos benefícios que pode trazer, passando a inserir as metas e as medidas a serem adotadas nesse âmbito, quando se planeja a própria dinâmica empresarial.

Por isso, melhorar as técnicas de negociação e o diálogo com os consumidores e com os próprios funcionários e ampliar canais de comunicação de qualidade pode ser muito importante.

Conclusão

Os acordos judiciais podem evitar precedentes negativos para empresa, que poderiam se transformar numa cascata de processos similares e, assim, num grande gasto de recursos e, claro, no enfraquecimento da imagem corporativa.

É evidente que, antes de mais nada, o acordo precisa realmente valer a pena. Isso significa que a probabilidade de vitória no Judiciário deve ser avaliada com cuidado. Além disso, não se deve oferecer um valor superior ao de uma possível condenação.

Mas, em linhas gerais, os acordos costumam ser o melhor caminho para evitar gastos excessivos, bem como para preservar a imagem da empresa. Isso também traz uma boa economia, mesmo que de forma mais subjetiva.

No final das contas, sabemos como um dano à imagem pode custar caro. Os processos sempre existirão, mesmo quando a empresa tem de fato razão. Mas, é importante saber gerir a política de acordos judiciais, avaliando bem os ganhos que um acordo trará.

Portanto, a gestão de política de acordos judiciais acaba por ter um impacto importante nas finanças das empresas, não devendo ser menosprezada. A preocupação com essa questão deve também estar inserida no cálculo de provisões e no próprio planejamento financeiro empresarial.